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terça-feira, 26 de maio de 2009

Dramático

O Gênero dramático é aquele em que o artista usa como intermediário entre si e o público a representação. A palavra vem do grego (drão. fazer). e quer dizer ação. O gênero dramático não compreende apenas o drama. que é apenas uma das variedades do gênero. A tendência moderna é para usar a palavra como termo genérico. designando toda composição dramática. A peça teatral é. pois. uma composição literária destinada a apresentação por atores. num palco. atuando e dialogando entre si. O gênero dramático possui uma estrutura específica. embora com alguns dos elementos da ficção e da epopéia. Em primeiro lugar. a(as) personagem(ens) de igual classificação que os dos gêneros narrativos os quais devem estar ligados com lógica uns aos outros e à ação. A ação dramática (enredo, trama, enredo) é o conjunto de atos dramáticos, maneiras de ser e de agir das personagens encadeadas à unidade do efeito e segundo urna ordem composta de exposição, conflito, complicação, clímax e desfecho e podendo incluir incidentes secundários visando auxiliar a marcha dos fatos ao desfecho. A situação ou ambiente é o conjunto de circunstâncias físicas, sociais, espirituais em que se situa a ação. O tema é a idéia que o autor (dramaturgo) deseja expor, ou sua interpretação real. através da representação. As convenções dramáticas são os atores, a música, o canto, o monólogo, o aparte, o pensamento em voz alta, o isolamento da platéia, a narração indireta pelas personagens de fatos não postos no palco, as partes, os acessórios de ação. Quanto ao ponto de vista, o teatro só admite o objetivo, pois o dramaturgo em regra se situa fora da ação. Sendo, ao mesmo tempo, literatura e representação, o gênero dramático exige a figura do diretor ou meteur-en-scène, a quem incumbe pôr em cena, no palco, aquilo que foi escrito pelo dramaturgo. O gênero dramático é dividido em duas grandes variedades: a tragédia - nasceu na Grécia, embora sua origem seja desconhecida, geralmente consiste na luta de um indivíduo contra uma doença, um conflito íntimo de paixão, uma força superior, um ambiente hostil, um destino adverso, um caráter defeituoso, ambições de medidas, contra os quais ele se atira e experimenta a sua fortaleza; a comédia também originária da Grécia (como aldeia, ode, canto) há uma intenção de provocar o riso, de satirizar uma situação social ou individual, de corrigir a quebra das leis ou convenções sociais ou morais (os principais tipos são a de intriga. de costumes, de caracteres, ou mista).

Lírico

O termo “lírico” vem do latim (lyricu) e quer dizer “lira”, um instrumento musical grego. Durante o período da Idade Média os poemas eram cantados, quando separados letra e ritmo o poema foi dividido por métricas (a medida de um verso, definida pelo número de sílabas poéticas). A combinação de palavras, aliterações e rima, por exemplo, foram cultivadas pelos poetas como forma de manter o ritmo musical. Logo, essa é a origem da métrica e da musicalidade na poesia. A temática lírica geralmente envolve a emoção, o estado de alma, os pensamentos, os sentimentos do eu-lírico, e também os pontos de vista do autor e, portanto, é inteiramente subjetiva.
Este gênero é geralmente expresso pela poesia, contudo, não é toda poesia que pertence ao gênero referido, já que dependerá dos elementos literários inseridos na mesma.

Quanto à forma, da Idade Média aos dias de hoje, o estilo de poema que permaneceu com intensidade foi o soneto, poesia rimada, composta por quatorze versos, dois quartetos e dois tercetos, com métrica composta de versos decassílabos (dez sílabas) e versos alexandrinos (12 sílabas).

Quanto ao conteúdo, predominantemente subjetivo, destacam-se:

• Elegia – vem do grego e significa “canto triste”; poesia lírica que expressa sentimentos tristes ou morte. Um exemplo freqüente é “O cântico do calvário” de Fagundes Varela.

• Idílio e écloga – são poemas breves com temática pastoril. A écloga, na maioria das vezes, apresenta diálogo.

• Epitalâmio – na literatura grega é um poema de homenagem aos noivos no momento do casamento. Logo, é uma exaltação às núpcias de alguém.

• Ode ou hino – derivam do grego e significa “canto”. Ode é uma poesia que exalta algo e hino que glorifica a pátria.

• Sátira – poesia que ridiculariza os defeitos humanos ou determinadas situações.

Épico

A palavra “épos” vem do grego e significa “versos” e, portanto, o gênero épico é a narrativa em versos que apresenta um episódio heróico da história de um povo. Na estrutura épica temos: o narrador, o qual conta a história praticada por outros no passado; a história, a sucessão de acontecimentos; as personagens, em torno das quais giram os fatos; o tempo, o qual geralmente se apresenta no passado e o espaço, local onde se dá a ação das personagens.

Neste gênero, geralmente, há presença de figuras fantasiosas que ajudam ou atrapalham no curso dos acontecimentos. Quando as ações são narradas por versos, temos o poema épico ou epopéia. Dentre as principais epopéias, temos: Ilíada e Odisséia.

As obras Ilíada e Odisséia são obras atribuídas ao poeta greco-romano Homero, o qual teria vivido por volta do século VIII a. C.. A primeira trata-se da história do último ano da Guerra de Tróia entre gregos e troianos. Quando os troianos seqüestram a princesa Helena, os gregos articulam um plano de resgatá-la por intermédio de um grande cavalo de madeira, chamado de Tróia, o qual é levado à cidade de mesmo nome como presente.

Durante a madrugada, os soldados gregos que estavam dentro da barriga daquele animal madeirado atacam a cidade. Esta obra está dividida em 24 cantos e é composta de versos hexâmetros dactílicos (verso composto de seis sílabas poéticas, com sílabas variadas em uma sílaba longa e duas breves), formato tradicional do período épico grego. Este poema influenciou a era clássica na Grécia e também no Império Romano e permanece como uma das obras mais importantes de toda literatura mundial até os dias de hoje.

A segunda obra trata-se do retorno dos gregos, os quais estavam em Tróia, de volta à Grécia, e é focada na história de Ulisses, personagem principal deste poema. Durante a viagem, Ulisses passa por diversas aventuras e enfrenta personagens mitológicos, como o Ciclope.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Poesia

A poesia, ou gênero lírico, ou lírica é uma das sete artes tradicionais, pela qual a linguagem humana é utilizada com fins estéticos. “Poesia, segundo o modo de falar comum, quer dizer duas coisas. A arte, que a ensina, e a obra feita com a arte; a arte é a poesia, a obra poema, o poeta o artífice.”

O sentido da mensagem poética também pode ser importante (principalmente se o poema for em louvor de algo ou alguém, ou o contrário: também existe poesia satírica), ainda que seja a forma estética a definir um texto como poético. A poesia compreende aspetos metafísicos (no sentido de sua imaterialidade) e da possibilidade de esses elementos transcenderem ao mundo fático. Esse é o terreno que compete verdadeiramente ao poeta.

Num contexto mais alargado, a poesia aparece também identificada com a própria arte, o que tem razão de ser já que qualquer arte é, também, uma forma de linguagem (ainda que, não necessariamente, verbal).

A poesia, no seu sentido mais restrito, parte da linguagem verbal e, através de uma atitude criativa, transfigura-a da sua forma mais corrente e usual (a prosa), ao usar determinados recursos formais. Em termos gerais, a poesia é predominantemente oral - mesmo quando aparece escrita, a oralidade aparece sempre como referência quase obrigatória, aproximando muitas vezes esta arte da música.

Os gêneros de poesia permitem uma classificação dos poemas conforme suas características. Por exemplo, o poema épico é, geralmente, narrativo, de longa extensão, grandiloqüente, aborda temas como a guerra ou outras situações extremas. Dentro do genéro épico, destaca-se a epopéia. Já o poema lírico pode ser muito curto, podendo querer apenas retratar um momento, um flash da vida, um instante emocional. Poesia é a expressão um sentimento, como por exemplo o amor. Vários poemas falam de amor. O poema é o seu sentimento expressado em belas palavras, palavras que tocam a alma.
Definição sucinta de poesia: é a arte de exprimir sentimentos por meio da palavra ritmada. Essa definição torna-se insuficiente quando se volta o olhar para a poesia social, a política ou a metapoesia. Com o advento da poesia concreta, o próprio ritmo da palavra foi anulado como definição de poesia, valorizando mais o sentido. O poema passa a ter função de exprimir sucintamente e entre linhas o pensamento do eu-lírico. A narrativa também pode fazer isso, mas a maioria dos poemas, com exceção dos épicos, não se baseia num enredo. A mensagem do autor é muito mais importante do que a compreensão de algum fato.

A poesia pode fazer uso da chamada licença poética, que é a permissão para extrapolar o uso da norma culta da língua, tomando a liberdade necessária para recorrer a recursos como o uso de palavras de baixo-calão, desvios da norma ortográfica que se aproximam mais da linguagem falada ou a utilização de figuras de estilo como a hipérbole ou outras que assumem o carácter "fingidor" da poesia, de acordo com a conhecida fórmula de Fernando Pessoa ("O poeta é um fingidor").

A matéria-prima do poeta é a palavra e, assim como o escultor extrai a forma de um bloco, o escritor tem toda a liberdade para manipular as palavras, mesmo que isso implique romper com as normas tradicionais da gramática. Limitar a poética às tradições de uma língua é não reconhecer, também, a volatilidade das falas.